Power To Go 2018

Escondido no segundo andar de um movimentado shopping center, uma grande imagem do rosto de Chen Kun atrai os transeuntes a pararem e darem uma olhada. Aqueles que entram descobrem um espaço silencioso para reflexão e podem descobrir uma nova maneira de explorar a natureza - o ar livre, bem como a natureza do espírito humano.

Os visitantes da "Exposição Power to Go 2018", que foi exibida até 27 de janeiro em Joy City, percorreu oito salas exibindo materiais multimídia relacionados ao programa Power to Go 2018.

O salão de abertura apresentou o programa Power to Go e as oito jornadas que ocorreram desde 2011, quando foi lançado pela primeira vez pelo ator Chen Kun. Todos os anos, um grupo de participantes selecionados de carreiras diferentes caminham juntos por vários dias em destinos remotos, incluindo o Tibete, Qinghai e as montanhas do Himalaia, para citar alguns.

A cada ano, 12 a 20 candidatos entre 18 e 45 anos de idade são selecionados por meio de um rigoroso processo de audição que inclui questionários emocionais, entrevistas e vídeos curtos. O escritório de promoção informa que, nos oito anos do programa, quase 3 milhões de pessoas de toda a China se inscreveram.

As viagens são financiadas por patrocinadores corporativos como Fila e Canon, que pagam por roupas, equipamentos para atividades ao ar livre, transporte e acomodação, bem como pelos materiais promocionais, incluindo esta exposição, que visou conscientizar e divulgar a mensagem do programa incentivando as pessoas a sairem e caminhar como uma forma de se conectar com suas vidas espirituais.

Os participantes têm variado de estudantes universitários e professores que escapam da "torre de marfim" para empresários, voluntários e atores que buscam a paz interior. A viagem de 2018 à província de Yunnan, com o lema "Cada momento é a melhor versão de si mesmo", selecionou 20 participantes com formação em psicologia, todos com um desejo declarado de explorar emoções de diferentes perspectivas e compartilhá-las com outras pessoas.

Uma mostra exibiu trechos de diários de viagem da caminhada de 2018, juntamente com artefatos significativos que capturaram momentos de reflexão ao longo da trilha. Chen Qingrong, uma acupunturista de 40 anos e mãe de dois filhos, escreveu que nós encobrimos nossos verdadeiros sentimentos à medida que crescemos. Ela escreveu que foi profundamente inspirada pelas palavras de Chen Kun: "Mas agora precisamos despertá-las. Podemos precisar de toda a nossa vida para fazer isso. Mas quando estamos confiantes nelas, nossas vidas podem ser satisfeitas."

Outra participante de 2018, a designer curricular Liu Cheng, de 29 anos, escreveu em seu diário: "Precisamos ser mais honestos, mais corajosos. Precisamos seguir nosso próprio ritmo na vida, não seguir o exemplo. E precisamos trabalhar difícil praticar mais e falar menos, para que não nos arrependamos do que estamos fazendo. "

O líder da equipe, Charles Wu, está no programa desde o seu início em 2011. Ele é responsável pelo planejamento e segurança das rotas. Ele disse que o objetivo durante a caminhada é caminhar em silêncio. Embora não seja um requisito estrito, eles tentam não falar a menos que seja necessário. "Dessa forma você está se comunicando consigo mesmo", disse ele.

Durante a jornada de 2018, dez meios de comunicação geraram o interesse do público, produzindo oito curtas-metragens documentando o progresso da equipe enquanto eles percorriam a província de Yunnan, que foram divulgados através de canais online.

De acordo com o escritório de promoção Power to Go, a exposição atraiu 25.879 visitantes nas primeiras 120 horas após a inauguração. Alguns, como o pintor de hobbies Li Han, descobriram a exposição via Weibo. "Sou fã de Chen Kun", disse Li, que acompanha sua conta oficial. "Eu admiro seus esforços para impulsionar o programa por oito anos consecutivos".

Outra visitante, Lara Khil, da Ucrânia, descobriu a exposição por acaso enquanto fazia compras em Joy City. Ela disse que o assunto imediatamente a lembrou das palavras de suas amigas que disseram "A vida é melhor em tênis de caminhada".

Sendo uma atriz, Khil ficou especialmente intrigada com um salão de exibições que continha retratos em preto e branco de rostos masculinos com espelhos na parede oposta. "Foi interessante descobrir como esses homens estavam se sentindo e, em seguida, com o espelho, para tentar mostrar a mesma emoção", disse ela.

A exposição combinou fotografias tiradas ao longo da jornada com peças que exploraram a forma como as pessoas nomeiam, definem e expressam emoções. Uma grande sala de instalação de vídeo incluiu projeções de texto sobre as emoções emprestadas de "O Livro das Emoções Humanas", de Tiffany Watt Smith, que conta a história de 154 emoções diferentes de todo o mundo.

Também foram projetadas nas telas comentários de pessoas compartilhadas via Weibo ou colocadas na "caixa de emoções" perto do final da exibição. As declarações foram atualizadas semanalmente, disse Wu, para refletir as respostas genuínas mais atuais aos temas da exposição.

Wu explicou que, à sua maneira, a cultura chinesa tem uma visão um tanto negativa de ser "emocional". Ele disse: "As emoções são baseadas na cultura, construídas a partir da cultura. Estamos tentando fazer isso a partir de uma perspectiva chinesa de emoções. Ela quebra as barreiras para dar aquela sensação de que você tem um nome".

A sala final da exposição exibiu 63 diferentes emoticons em placas em forma de nuvens que ficaram penduradas no teto, intercaladas com citações de famosos filósofos e escritores chineses e estrangeiros, de Arthur Schopenhauer a Wang Xiaobo.

Chen Kun é famoso na China não apenas como ator nas telonas, mas também como cantor e escritor. Chen também é embaixador da UNICEF na China e foi a segunda celebridade masculina a aparecer no museu de cera Madame Tussaud em Xangai.

Embora inicialmente, disse Wu, algumas pessoas talvez se perguntem se a decisão de Chen de lançar o programa foi um acaso, depois de oito anos ficou claro que "é mais do que um truque publicitário".

E depois de oito anos, Wu disse: "É tudo para mim agora. Eu não escolheria fazer mais nada". Falando sobre o impacto do programa e seu potencial futuro, ele acrescentou: "Eu sei que isso ajudou as pessoas. Isso me ajudou, ajudou minha família, meus amigos, então eu sei que o caminho que estamos fazendo está certo".