Nossos nós!

Nós seres humanos somos uma profusão de sentimentos, de momentos, de sensações; Há tantos paradoxismos em nós, em nossos pensamentos e ações.
Tem dias que estamos tão cansados de tudo e os porquês orbitam ao redor. Tentamos tateá-los com sofreguidão a fim de absorvermos um pouco da sabedoria que eles nos trazem.
Tem dias que estamos tão sincronizados com nosso interior que caminhamos firmes de encontro aos sonhos; outras vezes a vida em sua sapiência nos presenteia com destinos que jamais sonhamos. Há tanta beleza nesse caminho!
Mas tem dias que balançamos, que envergamos, quase tombamos e uma dor fininha, aguda, atinge nosso peito com força. Eu já lutei contra essas sombras, até que um dia exausta  resolvi escutá-las, sem lutar contra. Por meu jeito de ser e isso é inerente a cada um, não costumo dar a elas um espaço muito grande de tempo. Não quero que se instalem de vez e afugentem a luz. Mas as deixo, tal qual criança no parque, com tempo determinado de exposição. Aproveito esses instantes para ouvir os lamentos, as lágrimas e tento trazer tudo a luz da razão. Mas nem sempre é  fácil calar as sombras. Como infligir nossos conceitos sobre quem não lida com o ser, mas apenas com o sentir?
E aí vagamos. Pingos de chuva aqui, raios de sol ali, frio por lá, calor acolá. E então me vejo a refletir:
Quantos de nós existem apenas por existir?
Quantos de nós não conseguem coexistir?
Quanto em mim sonha se realizar?
Quanto de mim sufoca esse sonhar?
Quanto do que há em nós quer e precisa se reinventar?
Quanto tudo em nós faz sentido?
Mas será que é preciso ter sentido para se realizar?

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