IDEOLOGIA
Hoje ouvi um discurso e parei para pensar. Sempre vivemos através de ideologias,
mas com uma certa dose de resiliência, de reflexões e de mudanças de opiniões.
Vivemos ideologias de olhar mais abrangente, de desejar bem ao próximo, de nos
colocarmos num mesmo barco e remarmos todos para um mesmo fim. Hoje não! Foi
implantado com sucesso ideologias que preferem gente morta, lobos em pele de
cordeiro, supremacia religiosa, de gênero e até cultural. O fim das entidades de
pensamento e reflexão. O fim da educação! Já mostrei meu espanto sobre novos
inquisidores que se levantam entre nós. Logo eu que tenho atração pela idade
média me vejo horrorizada com o caminho político, regulador, massacrador e
ideológico das novas Igrejas. Já vimos a caça as bruxas que nada mais eram que
mulheres empoderadas que foram mortas e castradas por ter conhecimento. A nova
ideologia tomou altares, destruiu o amor ao próximo; incentivou as armas, os
golpes, se não for assunto da cartilha que seguem. Tempos atrás lutamos sem
armas pelo estado de direito; saímos às ruas pela democracia de ser e ter.
Olhavámos o que era bom, comentávamos sobre o que poderia e deveria mudar. Mas
entramos num lamaçal de areias movediças, onde fazer uma selfie rindo daqueles
que não compactuam com nós se tornou absoluta verdade em mentes que se dizem
cristãs. Ah como me dói ver isso. Perseguição e supremacia religiosa,
educacional e cultural. Nosso Deus sempre foi o mesmo. Ele entende os nomes pelo
qual o chamamos porque Fé habita o templo da alma, lapidade por Ele. Mas como
não entender que frente aos nossos desafios mundanos precisamos nos agarrar nas
vestes de Cristo para nos levantarmos de nossas dores, nossos pecados, nosso
desamor? Somos humanos carregados de histórias, de passos confusos, muitas vezes
na vitória outros tantos no desassossego de sobreviver e existir. E então
Profetas surgem e com eles o poder da palavra. Aqui ressalvo que ter o dom de
falar e expressar está ligado diretamente a ser formador de opinião e na sua
escuridão, manipular. Temo pela incapacidade de discernimento que circula os
nossos nós; Temo a proliferação do ódio, do desprezo, do se não for como quero,
não serve ao meu ser, esquecendo que embora prontos, são nossas experiências que
nos levam a evolução. Hoje sei que não estamos mais no mesmo barco. Uns nadam,
outros estão de lancha, navio ou barquinho. Hoje vejo sinais dos que já foram,
que maltrataram, respirando novamente pelo apoio das mentes dominantes.
Disfarçados de ideologia de esquerda e direita o mundo se levanta. Não queremos
ver os horrores das extremas. Mas apoiadores em prol de satisfazerem seus
desejos narcisistas esquecem que a dor de muitos carregamos nos nossos genes.
Deveríamos ao menos pedir perdão aos nossos antecessores por termos seguido a
linha do mundo que esqueceu suas lutas nas páginas dos livros. Com isso deixamos
novamente o jóio crescer na horta do nosso ser e sem arrancá-lo não saberemos
mais separar alimento e veneno. Estamos caminhando para um trágico fim? Pode ser
que sim. Somos ecos de vozes que se levantam em diversas direções. Qual delas
queremos seguir? #fimassupremacias #fimaoextremismo #Solidariedade
#vidasimportam #fimaintolerânciareligiosa #fimaoracismo
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