Como te chamas?
Sentada, abraçada às pernas, ela fitava através das lágrimas a chuva que batia insistente nas vidraças da janela. Seu mundo interno exposto a torrente de emoções, deixava a cabeça anuviada cheia de indagações.
Quando já alcançava a porta de casa, lembra que nāo ouviu ele dizer seu verdadeiro nome e num ímpeto vira-se e grita: -Quem és tu? Como te chamas?
- Eu sou aquele que sempre te acompanha. Que chora e ri contigo e que muito te ama!
Sem perceber, lá fora em meio as águas, alguém a espreitava curioso, o que havia em tão triste semblante, naquela alma dolorida.
Ele não podia interferir. Assim havia sido alertado. Mas podia sentir as dores que instigavam a alma atormentada.
Se pegássemos o instante anterior, dores plenas agora a inflamavam. A singeleza de um ser, que ao fazer escolhas, seguiu a favor de sua vontade, esquecendo que quem dita o destino é a alma.
Numa vida onde sempre ouviu a intuição e a voz que lhe ressoava, optou por outra estrada, indo de encontro as facilidades e tranquilidades da vida, mas não com o que ansiava.
Lágrimas de culpa jorram, unidas as lágrimas de uma dor já instalada. Culpa que corrõe seus dias, mas onde espíritos do bem seguem sua caminhada. Assombrada dentre todas as experiências vividas, um quê do que ainda falta para alcançar a plenitude de amar e ser amada.
Em meio a tristeza daquele quadro, ela enfim o vê, lá fora. E sai na busca desenfreada por respostas. Será ele o único a resgatá-la? Ele não percebe essa saída transloucada. Sai a passos a fim de fortalecer seu eu para o dia que se anuncia, acabar por encontra-lá.
A chuva castiga, mas ela segue, descalça, chorosa, na sofreguidão de querer respostas.
Sem rumo, dolorida, cai num abismo sem fim, da alma que já está desolada.
Sem rumo, dolorida, cai num abismo sem fim, da alma que já está desolada.
Uma luz fraca treme num pingente de luz tênue.
Ela acorda, fraca, com pés e mãos atadas. Em desespero ela se põe alerta, sente estar derrotada ao não perceber que as ataduras eram bálsamos, para curar os seus machucados.
Ele não se aproxima. De longe a fita. Espera que ela se tranquilize e então possa se aproximar e acalentá-la.
Ao tomar ciência que naquele lugar, embora lúgubre, havia um calor reconfortante de uma lareira, ela começou a sentir-se em paz, mesmo estando tão longe.
Ele não se move. Não pretende assustá-la. Ela se levanta, busca pelo caldo quente que fumegava e espalhava um aroma de estar protegida, em casa.
Ela sente que alguém a olhava.. mas não corre, não existe o medo..ela sabe que é o olhar que há tanto esperava.. Ela o chama, um nome gravado na memória da alma. Ele envolvido em grande emoção, a fita, sem saber o que realmente os espera.
Ele não se move. Não pretende assustá-la. Ela se levanta, busca pelo caldo quente que fumegava e espalhava um aroma de estar protegida, em casa.
Ela sente que alguém a olhava.. mas não corre, não existe o medo..ela sabe que é o olhar que há tanto esperava.. Ela o chama, um nome gravado na memória da alma. Ele envolvido em grande emoção, a fita, sem saber o que realmente os espera.
O tempo passa e sentimentos afloram, aquecida ela levanta e vai ao encontro dele, que apenas a olha.
É nesse momento, quando os olhos se encontram, que palavras se tornam desnecessárias. Apenas há um sentir e um torpor naquele momento se instala.
Tonta da fraqueza que ora estava, ela cambaleia e protegida é levada de volta a cama quente e macia que seu corpo dolorido precisava.
Na noite escura e fria, o vento entoa uma canção, enquanto o fogo ilumina ele, que vela o seu sono.
No tardar da hora, ela acorda e encontra a sua frente o salvador, que aquece sua alma.
E começa a divagar.
É nesse momento, quando os olhos se encontram, que palavras se tornam desnecessárias. Apenas há um sentir e um torpor naquele momento se instala.
Tonta da fraqueza que ora estava, ela cambaleia e protegida é levada de volta a cama quente e macia que seu corpo dolorido precisava.
Na noite escura e fria, o vento entoa uma canção, enquanto o fogo ilumina ele, que vela o seu sono.
No tardar da hora, ela acorda e encontra a sua frente o salvador, que aquece sua alma.
E começa a divagar.
Conta toda sua história. Chora lágrimas de arrependimento, de saudades do que sabe que deixou do lado de fora.
E se põe a perguntar. Ele sem poder interferir, apenas lhe estende o olhar e a mão para encorajá-la.
Ela chora suas mágoas. Grita suas dores. Lamenta as escolhas, que por longo tempo a fizeram feliz. E novamente se poe a perguntar, o por quê de tudo coexistir dentro dela? Mesmo tendo tudo, ainda assim, a alma espera muito mais dela!
Movido pelas palavras dela, diz que os caminhos são muitos, mas que todos se interligam numa mesma estrada. Afirma, que mesmo ela julgando ter feito escolhas difíceis, ainda assim, era preciso galgar esses degraus, para alcançar o que a alma desejava. Ela chorosa diz: mas por que então minha alma dói a ponto de querer ser arrancada?
Ele sorri! A alma necessita de luz, de tudo que a faça vibrar e somente o verdadeiro amor é capaz de libertá-la.
Intrigada com as palavras, ela custa a acreditar que diante de si, já consegue encontrar algum alivio ao ouvir tão amáveis palavras.
Mas como prosseguir?...eu não posso ferir ainda mais aqueles que em meu caminho escolhi! Eles são muito para mim, mas eu não sou inteira.
E se põe a perguntar. Ele sem poder interferir, apenas lhe estende o olhar e a mão para encorajá-la.
Ela chora suas mágoas. Grita suas dores. Lamenta as escolhas, que por longo tempo a fizeram feliz. E novamente se poe a perguntar, o por quê de tudo coexistir dentro dela? Mesmo tendo tudo, ainda assim, a alma espera muito mais dela!
Movido pelas palavras dela, diz que os caminhos são muitos, mas que todos se interligam numa mesma estrada. Afirma, que mesmo ela julgando ter feito escolhas difíceis, ainda assim, era preciso galgar esses degraus, para alcançar o que a alma desejava. Ela chorosa diz: mas por que então minha alma dói a ponto de querer ser arrancada?
Ele sorri! A alma necessita de luz, de tudo que a faça vibrar e somente o verdadeiro amor é capaz de libertá-la.
Intrigada com as palavras, ela custa a acreditar que diante de si, já consegue encontrar algum alivio ao ouvir tão amáveis palavras.
Mas como prosseguir?...eu não posso ferir ainda mais aqueles que em meu caminho escolhi! Eles são muito para mim, mas eu não sou inteira.
O sorriso amável dele, toca sua face. Tal qual um sopro de esperança, diz que embora tudo pareça não fazer sentido, ainda assim, o fim do caminho já está traçado. Com um leve afago em sua testa ele afirma, tudo, tudo, está interligado. Não mais te desespere. Acredite na força que tua alma pede. Sonhe. Busque. Dê a ela o que a faça sorrir. O mundo tá cheio de sorrisos fartos e olhos sombrios.
Aliviada, mas não convencida, diz que precisa ir, e pede que ele lhe indique o caminho.
Ele percebe que a força dela já retorna e então diz:
-Eu sempre te levarei de volta.
Ela não entende, mas aceita mais esse carinho.
Ele percebe que a força dela já retorna e então diz:
-Eu sempre te levarei de volta.
Ela não entende, mas aceita mais esse carinho.
Protegida, ela volta ao seu lugar, de onde certamente não havia necessidade de ter saído, pois todos os sonhos dentro dela habitavam.
A chuva cedeu lugar a um tímido sol.
Ela para e emocionada o abraça e o vê sorrir.
A chuva cedeu lugar a um tímido sol.
Ela para e emocionada o abraça e o vê sorrir.
Quando já alcançava a porta de casa, lembra que nāo ouviu ele dizer seu verdadeiro nome e num ímpeto vira-se e grita: -Quem és tu? Como te chamas?
- Eu sou aquele que sempre te acompanha. Que chora e ri contigo e que muito te ama!
Ela, deveras emocionada, por não esperar ouvir aquilo, e sem saber que magia existiam naquelas palavras, diz:
- Como podes estar sempre comigo?
Ele, à olha profundamente e com mãos nos bolsos, como num ato displicente, responde:
-Não existe tempo, nem espaço, onde existo. Estou em ti e tu em mim, há uma infinidade de anos.
Me chamas como quiseres.... Posso ser teu amigo, Protetor, Amor.
Mas antes de tudo, sou teu anjo!
- Como podes estar sempre comigo?
Ele, à olha profundamente e com mãos nos bolsos, como num ato displicente, responde:
-Não existe tempo, nem espaço, onde existo. Estou em ti e tu em mim, há uma infinidade de anos.
Me chamas como quiseres.... Posso ser teu amigo, Protetor, Amor.
Mas antes de tudo, sou teu anjo!
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