Sombras de mim!

E hoje bateu todas as inseguranças num dia só;
Até briguei, disse coisas que não queria; Chorei.
Foi um dia atípico.
A minha alma que sonha, não bate com a vida real;
Ela almeja mais e se perde entre o sonho e a fantasia. Insiste em procurar lugares, sons, e gostos muito além do que a realidade permite tocar.
Hoje foi assim e a tristeza invadiu;
Invadiu porque não me permito divagar, não permito buscar, todo esse elo tão longe de mim, se a vida me trouxe a outro lugar.
Assim, a vida tal um filme passou e a cobrança do que não existiu, doeu e corroeu;
Com lágrimas nos olhos, vivendo uma dor encarcerada, carreguei o fardo da cobrança externa. Foi uma intensidade de flechas, talvez emitidas por um arqueiro, que não consegue me visualizar.
Então orei;
Implorei aos céus, luz;
Não quero ao deixar esse invólucro terreno, me deparar com coisas que prometi e não cumpri.
Quero chegar do outro lado, e ser recebida com a alegria, da tarefa que a mim impus, bem feita.
Como saber tudo a que me propus?
Eu sei, ouvindo a voz da intuição, que é nosso elo com o Sagrado.
Mas e quando percebemos que andarilhamos por aí, tateando em vales escuros?
E quando os medos, os receios, os traumas não nos deixam seguir?
Como voltar no tempo, não se pode mais, é preciso encontrar os meios para alcançar, varrendo as sombras escuras que nos afugentam de nós.
Há um trabalho a ser feito.
É preciso começar;
Os dias passam, a vida segue e ninguém fará o que a mim foi destinado.
Que grandes mudanças terei que enfrentar.
Ainda assim, se meu caminho está escrito, cabe a mim executar.

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