AZÁLE(I)A



A primeira notícia que ouvi hoje pela manhã, foi do encerramento da Fábrica de calçados Azáleia, em Parobé. Me bateu uma tristeza em imaginar todas aquelas famílias desempregadas.
Quantos planos terão que ser adiados?
Quantas contas deixarão de ser pagas?
Quantos investimentos terão que ser feitos, para terem uma recolocação no mercado?
Quantas surpresas nessa vida mutante, ainda iremos passar?
Em tempos de globalização, produtos de qualidade não confiável, de mão de obra, muitas vezes escrava, invadem nosso dia a dia.
Somos obrigados a conviver com produtos e até de usá-los, em determinadas situações, e muitas vezes nem percebemos que prejudicamos o que é nosso, em prol do mais barato.
Nossos incentivos fiscais, são corruptíveis.
Nossos impostos caros.
Nossos salários, baixos.
Nossa segurança, nula.
Nossos policiais, mal pagos.
Nossos professores, desrespeitados.
Nossa saúde, precária.
e  nossas Fábricas, fechadas.
É difícil manter a integridade de uma família, quando não se tem o que oferecer à ela.
Mas os salários de nossos políticos, lá bombando.
As vezes me pergunto, até onde iremos aguentar essas demandas?
No país do jeitinho, gigante pela própria natureza, belo, forte,impávido colosso, o nosso futuro espelha pobreza.
Pobreza de alimentos, de oportunidades, de saúde, segurança e educação.
Mais uma fábrica se fecha.
Mais famílias, entristecidas.
Mais oportunidades, que se perdem.
Mais uma vez, tocados pela emoção, transferimos nossas carências para a Religião.
Afinal, quem tem Fé, encontra sempre um caminho.
Porque olhando para o lado, percebem que não estão sozinhos.

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