AMOR DE PAIS!






A reportagem do Jornal Hoje colocou essa questão, depois que uma mãe americana disse amar mais um filho do que o outro.
Essa polêmica é longa, de muitos anos, de muitas considerações.
Tenho três irmãos e quando pequenos, sabíamos da afinidade que nossa mãe tinha por um dos guris. Mas em momento algum isso despertou ciúmes, ou nem sabíamos o que era isso, pois psicologia não existia na época. O que exista era uma bela chinelada se não cumpríssemos o nosso papel de filhos. Eu bem sei, afinal era terrível de respondona e fujona.
Meu irmão, o preferido, hehe, o exemplo. Melhor aluno, calmo, tranquilo.
Não impunha a presença dele, centrado...ah o sonho de todos os pais.
Mas amor?
Ah isso vai muito além do que ser um filho regrado.
Isso vai muito além do que ser respondona ou agitada.
Amor é algo sublime e creiam nenhum de nós quatro sentiu falta de amor!
Fomos sim muito amados!

Tenho dois filhos.
A Raísa quando pequena era o terror em pessoa. Quem conhece sabe.
Agitada, autêntica, decidida, dona de si. Nunca se machucava, pois as "artes" dela eram milimetricamente calculadas.
Em um determinado tempo, nos retiramos das rodas sociais, pois muitos a julgavam mal educada por ser ligada em mil Watts e confesso:
- eu tinha certas dificuldades em lidar com tanta adrenalina, mas deixava que meu amor falasse mais alto.
O André nasceu calmo, centrado, tranquilo.
Passava horas brincando com "lego" ou carrinhos.
Não impunha a presença dele para nada e segue assim até hoje.
Era uma facilidade lidar com ele, sem stress algum.

Hoje os dois nessa linda fase adolescente, me surpreendem.
A Raísa se tornou calma, caseira, mas ainda assim dona de si, líder nata e autêntica, mas tudo em prol do conhecimento que ela busca.
Nossos gostos são parecidos.
Somos parceiras de músicas, filmes, shows.
Amamos Rei Artur!
Temos uma enorme identificação, embora sejamos tão diferentes.
É a Princesa do nosso lar! A nossa "popoquinha"

O André continua introspectivo, analista, observador, calado e calmo.
Viciado em computador.
Tenho certa dificuldade em entrar nesse mundo interior, porque sou, vamos dizer assim, um "pouquinho" agitada.
Ele é o nosso "Amigão", meu filho lindão!

Ahhhh mas o assunto era sobre amor.
Podemos amar mais um filho do que o outro?

Posso afirmar que no meu coração a divisão é perfeita como um cálculo matemático preciso.
São dois seres, a mim confiados por Deus, para educar, conduzir e sobretudo amar e respeitar.

Ah sim, eu sou mãe, mas respeito meus filhos, como seres individuais, que saíram de mim, mas que alçarão seu vôo, e para isso preciso dar-lhes o melhor de mim.

Afinidades já tive mais com um e hoje tenho mais com outra.
E esse círculo de conhecimento irá sempre se reformular.
Eles estão criando seu mundo, aprendendo com seu conhecimento, buscando suas experiências.

Nós pais, zelamos pelo seu sono, seu aprendizado e felicidade.

O amor se sente.
Não se mede.
Daria minha vida, por eles.
O amor que existe em meu peito é o que de mais puro tenho!
É o que me fortalece!

Comentários

  1. Lindo texto. Mesmo não tendo filhos, concordo.

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  2. Rosi, esse texto bem poderia ter sido escrito por mim, pois traduz exatamente o que sinto.
    Complementaria dizendo apenas que temos sempre um filho preferido: aquele que está gripado, ou que caiu, ou que foi mal na prova, ou que sofre por amor...Nesses momentos aquele é o nosso preferido...
    Bjs

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  3. Com certeza Mari há dias em que um é preferido ao outro, em casos excepcionais.....Deus nos livre de qualquer mal aos nossos filhotes né?
    E quando um deles adoece, mesmo que de amor, afff nosso coração explode...

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