PAUL MCcARTNEY ( Eu não estava lá)

Hoje em Porto Alegre aconteceu o show do ano. Talvez o show do século.
Para muitos, como eu, que amavam os BEATLES, assistir ao show do lendário Paul é a realização de um sonho que não acabou.
Muito se ouviu falar, quando do fim da banda,que o sonho havia acabado.
Na minha humilde concepção, creio que os sonhos acabam, quando deixam de ser alimentados.
Hoje está provado, o sonho não acabou.
O sonho se perpetuou.
Transgrediu a barreira do tempo e se eternizou nas canções.
Cinquenta mil pessoas, lotaram o Estádio do Beira Rio, e cantaram.
E eu não estava lá.
Quando menina meu primeiro ídolo foi meu Pai e ainda o é, mesmo que hoje ele habite novas paragens celestiais.
Mas eu sempre fui embalada com música e meu primeiro grande ídolo musical, hoje estã na minha cidade.
E eu não estava lá.
Não me revoltei, porque dentro de minha programação financeira, não cabia um show dessa magnitude.
Mas chorei. Confesso que chorei.
Somos feitos de silêncio e sons, já dizia Lulu Santos.
Somos feitos de musicalidade. De palavras soltas, de notas musicais e refrões.
Minha vida é embalada por canções.
Minha alma viaja no tom dos sons.
Paul embalou as lágrimas da minha adolescência.
Foi por "Bluebird", que rolou meu primeiro namoro, meu primeiro beijo.
Há coisas que o tempo não apaga. E nem precisa, pois está marcado no nosso peito.
Eu só queria cruzar, numa via de um caminho qualquer e fazer reverência ao Sir Paul.
Eu queria no silêncio, dizer obrigada, por ter inebriado minha alma e me mostrado que através da música, levamos uma vida de sons.

The Long And Winding Road...
"Muitas vezes eu fiquei sozinho
e muitas vezes eu chorei
De qualquer forma você nunca saberá
de quantas formas tentei..."


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